Lições Bíblicas CPAD Adultos – 2° Trimestre de 2025
Título: E o Verbo se fez carne – Jesus sob o olhar do Apóstolo do amor
Comentarista: Elienai Cabral
Data: 20 de abril de 2025
Lição 3 – A verdadeira adoração

TEXTO ÁUREO
“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24).
VERDADE PRÁTICA
Adorar significa viver em total rendição a Deus, entregando-nos plenamente a Ele.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – 2Co 9.12; Fp 2.7,30 A singularidade da Adoração autêntica
Terça – Nm 25.1,2; Sl 24.3,4 Diferenciando a Adoração das práticas profanas
Quarta – 2Rs 17.25,28 A Adoração está relacionada ao temor de Deus
Quinta – Jo 15.1-8 A Adoração envolve uma relação com Cristo e a Igreja
Sexta – Hb 13.15; Rm 12.1; 1Pe 2.5 O sentido da Adoração no Novo Testamento
Sábado – Jo 4.23,24 O ensinamento de Jesus sobre a Adoração
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
João 4.5-7,9,10,19-24.
5 — Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José.
6 — E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta.
7 — Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
9 — Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
10 — Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e que é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
19 — Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
20 — Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar.
21 — Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai.
22 — Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus.
23 — Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem.
24 — Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
HINOS SUGERIDOS
525, 526 e 545 da Harpa Cristã.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Na aula desta semana, vamos estudar um dos temas centrais do Evangelho de João: a verdadeira adoração. Veremos que por meio do diálogo de Jesus com a mulher samaritana (Jo 4.23,24), observaremos que Deus busca adoradores que o “adorem” em espírito e em verdade. Esse é um convite aos alunos para compreender que a adoração genuína é uma resposta ao amor de Deus revelado por meio de Jesus Cristo, seu Filho. Por isso, planeja-se para encorajar reflexões sobre viver a adoração como um estilo de vida que glorifique o Senhor em todos os aspectos.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Esclarecer aos alunos o diálogo de Jesus com a mulher samaritana; II) Fazer com que os alunos compreendam que a verdadeira adoração é um ato de rendição total a Deus; III) Integrar os princípios da adoração bíblica à vida de serviço e entrega a Deus.
B) Motivação: o diálogo entre Jesus e a mulher samaritana apresenta um ensino belo e profundo sobre a verdadeira adoração a Deus. Esse encontro transformador entre Jesus e essa mulher também é um convite divino para nos aproximarmos de Deus de forma sincera e humilde. A essência dessa adoração nasce no altar do nosso coração, e, por isso, só pode ser vivida em espírito e em verdade. Trata-se de um lugar de total rendição, gratidão e serviço a Deus. Esta lição nos encoraja a cultivar um relacionamento mais profundo com o Senhor.
C) Sugestão de Método: Para iniciar a lição desta semana, divida a classe em três ou mais grupos e distribua a cada grupo uma parte do texto de João 4.7-30 para leitura. Peça que os grupos identifiquem os ensinamentos sobre a necessidade humana de adorar, especialmente o que significa adorar em espírito e em verdade. Após a partilha dos grupos, aprofunde a exposição e discussão do primeiro tópico, destacando que a adoração verdadeira é uma questão que tem muito a ver com a rendição do coração. Estimule seus alunos a aplicarem esse princípio em suas próprias vidas.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Em que áreas de nossas vidas as palavras rendição, gratidão e serviço a Deus podem ser aplicadas? Essas palavras trazem consigo a expressão de uma adoração autêntica a Deus. A adoração em espírito e em verdade é um chamado ao modo de viver em que Deus é glorificado em tudo.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 101, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “O Contexto Histórico entre os Samaritanos e Judeus”, localizado após o primeiro tópico, apresenta informações importantes para enriquecer a sua preparação para a exposição desse tópico; 2) No final do segundo tópico, o texto “A Verdadeira Adoração” mostra uma reflexão importante sobre o verdadeiro significado da adoração a Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O ser humano sente uma necessidade intrínseca de Deus. Com a leitura da passagem de João 4, essa carência espiritual torna-se evidente. Neste contexto, também se revela a importância de uma autêntica adoração que surge de uma experiência profunda com Jesus Cristo. Por este motivo, a Adoração Cristã é o tema central desta lição. A partir do diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, podemos extrair ensinamentos valiosos sobre a adoração.
Palavra-Chave:
ADORAÇÃO
I. O ENCONTRO EM SAMARIA E DUAS PRECIOSAS LIÇÕES
1. A necessidade de passar em Samaria. Em João 4.4 é informado que “era-lhe necessário passar por Samaria”. O Senhor deixava a Judeia em direção à Galileia e, para tal, teria de atravessar por Samaria. Apesar de evitar entrar nessa cidade devido à tensão racial entre judeus e samaritanos, havia uma missão ainda mais urgente: o encontro com a mulher samaritana em Sicar, junto à “fonte de Jacó” (vv.6,7). Durante essa conversa, Jesus abordou o assunto sobre o local adequado para adorar a Deus: seria em Samaria ou em Jerusalém? Nesse diálogo, nosso Senhor ensinou duas importantes lições.
2. A necessidade do ser humano. O encontro entre Jesus e a mulher samaritana não foi um simples acaso. Ele encontrava-se sentado à beira da fonte de Jacó, na hora sexta, durante o calor do meio-dia. A mulher samaritana dirigiu-se à fonte para recolher água, momento em que se cruzou com Jesus e ouviu um pedido do amado Mestre: “Dá-me de beber” (v.7).
Em resposta ao pedido de Jesus, ela iniciou uma conversa com o divino Mestre, até que Este lhe propôs uma água que se tornará nela uma “fonte de água a jorrar para a vida eterna” (v.14). O que nosso Senhor ofereceu à mulher samaritana era “um tipo de água” capaz de transformar toda a sua existência. Aqui encontramos a primeira valiosa lição: toda pessoa necessita de Deus e, por isso, devemos aproveitar cada oportunidade para partilhar essa “água da vida”.
3. O lugar de adoração a Deus. Dando seguimento à conversa com Jesus, a mulher samaritana questiona-o sobre onde deveria ocorrer a verdadeira adoração, se em Jerusalém ou no Monte Gerizim.
Neste diálogo, a samaritana procura entender o local apropriado para adorar a Deus. Em resposta à sua indagação, Nosso Senhor revela uma nova forma de culto. Esta adoração não seria exclusiva dos judeus nem dos samaritanos. Na realidade, o verdadeiro culto dirigido a Deus deve ser feito ao “Pai em espírito e em verdade” (vv.23,24). Aqui encontramos uma segunda lição valiosa: o autêntico culto de adoração a Deus, que satisfaz as necessidades humanas, não se limita a um lugar específico, mas reside no mais profundo do ser humano, em “espírito e em verdade”.
SINOPSE I
O encontro entre Jesus e a mulher samaritana demonstra que a verdadeira adoração satisfaz a necessidade humana de adorar.
AUXÍLIO TEOLÓGICO

O CONTEXTO HISTÓRICO ENTRE OS SAMARITANOS E JUDEUS
“Depois que o Reino do Norte, com sua capital em Samaria, foi derrotado pelos assírios, muitos judeus foram deportados para a Babilônia, e estrangeiros foram levados para colonizar Israel e ajudar a manter a paz (2Rs 17.24). O casamento misto entre estrangeiros e judeus remanescentes resultou em um povo mestiço que se estabeleceu no Reino do Sul, e era considerado impuro na opinião de judeus etnicamente puros. Estes odiavam aqueles (os samaritanos), porque sentiam que seus compatriotas haviam traído seu povo e sua nação por meio de tais casamentos.
Os samaritanos haviam instituído um centro alternativo para adoração no monte Gerizim (4.20), para concorrer com o Templo em Jerusalém, mas aquele havia sido destruído há 150 anos. Face a tantos conflitos, os judeus faziam o possível para evitar viajar pelo território de Samaria. Mas Jesus não tinha razões para viver segundo essas restrições culturais. A rota por Samaria era mais curta, e foi a que Ele tomou. […] A fonte de Jacó ficava na terra que originalmente pertenceu a Jacó (Gn 33.18,19). Não havia nela uma nascente, era um reservatório, recebia águas da chuva e do orvalho, recolhendo-as ao fundo.
As fontes eram quase sempre localizadas fora da cidade, ao longo da estrada principal. Duas vezes por dia, de manhã e ao anoitecer, as mulheres iam retirar água. Aquela samaritana, no entanto, foi ao meio-dia, provavelmente para evitar encontrar-se com pessoas que conheciam sua reputação. Jesus levou àquela mulher uma extraordinária mensagem sobre a fonte e a água pura que podiam saciar a sede espiritual dela para sempre”(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1422).
II. O ENSINO DE JESUS A RESPEITO DA VERDADEIRA ADORAÇÃO
1. A adoração. Ao afirmar que ofereceria a “água viva” aos que têm sede, Jesus referia-se a uma vivência espiritual que se daria no interior de cada indivíduo: “a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (Jo 4.14). Assim, à luz das suas palavras neste capítulo, a verdadeira adoração a Deus não está mais ligada a um local específico, como Jerusalém ou Samaria.
A presença de Deus já não se restringe a uma determinada geografia, mas está presente em todos os lugares onde existam adoradores sinceros. Mais do que uma adoração formal e ritualística, a autêntica adoração possui essencialmente um caráter espiritual: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.24).
2. Jesus e a verdadeira adoração. Ao questionar Jesus sobre o local da adoração (Jo 4.20,21), a mulher samaritana teve uma revelação que lhe permitiu entender os ensinamentos de Jesus sobre a verdadeira adoração. O Senhor Jesus é, por si só, a base para essa adoração genuína (Jo 4.21). É pertinente ilustrar esta verdade ao lembrarmos do Calvário e do sepulcro vazio, onde, após sua morte, a obra realizada se tornou a razão fundamental para a adoração de todos os cristãos.
Embora os locais físicos do Calvário e do sepulcro vazio possam não ter grande significado por si mesmos, a lembrança da obra realizada nesses lugares ultrapassa qualquer noção geográfica. O impacto dessa obra abrange todos, não importando o lugar de onde se encontrem. Sempre que participamos da Ceia do Senhor, essa memória permanece viva em nós, independentemente da nossa localização (1Co 11.23-25; 15.3,4).
SINOPSE II
A base da verdadeira adoração cristã reside na narrativa do Calvário: o sacrifício substitutivo de Jesus.
AUXÍLIO TEOLÓGICO

A VERDADEIRA ADORAÇÃO
“A mulher levantou uma questão teológica popular entre judeus e samaritanos: qual o lugar correto para a adoração? Mas tal pergunta era uma cortina de fumaça que tinha a finalidade de manter Jesus longe da mais profunda necessidade dela. Jesus conduziu a conversa a um ponto muito mais importante: o lugar da adoração não é tão importante quanto a atitude dos adoradores. […] A expressão “Deus é Espírito” mostra que Ele não é um ser físico, limitado a tempo e espaço. Ele está presente em todos os lugares e pode ser adorado em qualquer local e a qualquer tempo.
O mais importante não é onde adoramos, mas como adoramos o Senhor. A sua adoração é genuína e verdadeira? Você tem a ajuda do Espírito Santo? Como o Espírito nos ajuda a adorar? Ele ora por nós (Rm 8.26), ensina-nos as palavras de Cristo (14.26) e garante-nos que somos amados (Rm 5.5)”. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD, 2022, p.1423).
III. A ADORAÇÃO BÍBLICA
1. O conceito bíblico de adoração. Na língua hebraica, existe uma expressão chamada hishtaha wa, que transmite a ideia de “manifestar um temor reverente, admiração e respeito característicos da adoração”. Já na língua grega, duas palavras são utilizadas para definir a adoração: latreia e proskuneo. A palavra latreia refere-se à submissão de quem serve outrem. Por sua vez, proskuneo significa “adorar” ou o “ato de adoração”. No diálogo com a mulher samaritana, Jesus utilizou o termo proskuneô (Jo 4.20-24). Em Português, a palavra “adoração” implica “atribuir mérito ou valor” a alguém. Em suma, adorar a Deus significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é, e faz.
2. Adoração como ato de rendição a Deus. O conceito fundamental da palavra “adorar” (proskuneo) no Novo Testamento remete originalmente à noção de “beijar”, associado a um ato de se dobrar os joelhos ou prostrar-se com a testa no solo, ou sobre os pés da pessoa a quem se está submisso. O episódio da mulher pecadora ilustra bem esse significado (Lc 7.37,38) e nos ensina a reconhecer a própria inferioridade e, e também, a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.
3. Adoração como ato de serviço a Deus. O serviço a Deus está profundamente associado à adoração. Esse é um ato espontâneo que demonstra o nosso reconhecimento da soberania de Deus sobre tudo. Assim, o serviço que prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1), de tal forma que não podemos servir a dois senhores, mas somente a um (Mt 6.24). Trata-se de uma entrega completa a Deus através da nossa existência.
4. Uma experiência interior de adoração. Sentimos uma necessidade profunda de adorar a Deus, conforme é lembrado no Salmo 42: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Sl 42.2). A gloriosa presença do Deus Todo-Poderoso satisfaz todas as carências da pessoa. Assim, a verdadeira adoração envolve uma postura interior que permite ao crente estabelecer um vínculo profundo com Jesus Cristo, reconhecendo-o como Senhor e Salvador das nossas vidas.
SINOPSE III
O ato de adoração ao Senhor envolve a rendição completa de nossa vontade, pensamentos e ações a Ele, manifestando-se em um serviço voluntário.
CONCLUSÃO
Neste estudo, focamos nos ensinamentos práticos de Jesus acerca da adoração e, por consequência, discutimos a doutrina da Adoração Cristã. O capítulo 4 do Evangelho de João revela duas lições valiosas. A primeira é que todo ser humano possui uma necessidade a satisfazer: a necessidade de Deus. A segunda é que, em Jesus, a verdadeira adoração surge como um movimento que se inicia no interior. Tudo isso resulta de uma experiência viva com Jesus Cristo.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Quais são as duas principais lições que Jesus nos ensinou durante a sua conversa com a mulher samaritana?
Toda pessoa necessita de Deus; o autêntico culto de adoração a Deus não se limita a um lugar específico.
2. O que constitui o verdadeiro culto de adoração a Deus que atende às necessidades humanas?
O verdadeiro culto dirigido a Deus deve ser feito ao “Pai em espírito e em verdade” (vv.23,24).
3. Quais são os elementos essenciais da verdadeira adoração?
Em suma, adorar a Deus significa essencialmente reconhecê-lo, render-se e exaltá-lo por tudo o que Ele é, e faz.
4. Em resumo, o que implica adorar a Deus?
Implica reconhecer a própria inferioridade e a superioridade daquEle que estamos dispostos a servir plenamente.
5. De que forma podemos definir a adoração como um ato de serviço dedicado a Deus?
O serviço que prestamos a Ele, ou seja, cumprir os seus propósitos para nós, exige uma entrega total da nossa vida, como um sacrifício vivo ao Senhor (Rm 12.1).
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A VERDADEIRA ADORAÇÃO
O episódio relatado nesta lição destaca um dos ensinamentos mais preciosos do Evangelho: a verdadeira adoração a Deus. Nos dias em que Jesus exerceu Seu ministério terreno, os judeus encontravam-se extremamente cegos e tomados por uma religiosidade vazia. Adorar a Deus verdadeiramente não era uma prioridade para os fariseus e líderes religiosos judeus. O encontro de Jesus com a mulher samaritana revela algumas verdades que vão de encontro ao padrão religioso daquela época. Primeiro, o Mestre vai ensinar que “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” (Jo 4.24a). Segundo, que o Pai procura a tais adoradores que assim O adorem (v.24b).
O discurso de Jesus para mulher samaritana revela que Deus se importa com a adoração, e não apenas isso, mas que essa adoração seja praticada “em espírito e em verdade”. A qualidade dessa adoração deve ser almejada pelos crentes. O Comentário Bíblico Beacon (CPAD) discorre sobre este tema: “Agora é o momento para que as antigas formas, limitadas em termos de lugar e de nação, sejam transformadas em uma adoração que é ao mesmo tempo pessoal, em espírito, e inteligente, em verdade.
‘Adorar em espírito significa que nós entregamos as nossas vontades à vontade de Deus, os nossos pensamentos e planos aos que Deus tem para nós e para o mundo… Em verdade significa que não estamos adorando uma imagem’ de Deus, feita segundo as nossas próprias ideias… somente Cristo nos apresentou ao Deus ‘verdadeiro’ ou ‘real’. A palavra-chave em toda esta ideia é Pai. Ele é o objeto de adoração e aquele que procura os que o adoram em espírito e em verdade.
‘Quando Deus se revelar como o Pai universal… as limitações de espaço estarão acabadas e tanto o conhecimento quanto a adoração a Deus serão mediados por meios puramente espirituais’. A natureza do objeto de adoração, Deus é Espírito (24; cf. 1Jo 1.5; 4.8), determina as condições necessárias para a adoração. Importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (v.24)” (2006, Volume 7, pp.58,59).
Devemos considerar que a natureza do relacionamento com Deus não está restrita à frieza da lei, observada pelos fariseus e religiosos que ocupavam a cadeira de Moisés naqueles dias. O verdadeiro cumprimento da lei está gravado no coração daqueles que entendem a mensagem transformadora do Evangelho e recebem o Espírito Santo, conforme profetizou Jeremias (Jr 31.33). Que nosso relacionamento com o Pai seja tão verdadeiro quanto nossa adoração.
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